Quando o saber vira poder e não afeto
📌 O que essas mães têm em comum?
Sejam psicólogas, médicas, professoras, advogadas, terapeutas, líderes espirituais ou enfermeiras, essas mães ocupam papéis que inspiram confiança e autoridade social.
Mas quando o narcisismo está presente, o saber técnico se transforma em blindagem emocional e estratégia de controle.
1. “Eu sei o que estou falando”
A frase clássica.
Essas mães usam o conhecimento como prova de que estão certas — e que o outro (filho ou filha) é imaturo, desinformado ou injusto por questioná-las.
2. “Não preciso de terapia, me conheço”
O saber é usado para dispensar a autorreflexão.
Por trás da frase está a recusa em se ver vulnerável, frágil ou humana.
“Eu estudo isso, não preciso de ajuda.”
3. Linguagem técnica como ferramenta de silenciamento
Essas mães dizem:
- “Você está projetando.”
- “Isso é carência, você sempre foi assim.”
- “Seus sentimentos são desproporcionais.”
Elas transformam conceitos técnicos em armas emocionais, o que gera confusão mental em quem ouve — e invalidação do sentir.
4. Discurso bonito, prática opressiva
Na sociedade, são vistas como acolhedoras, inteligentes, espirituais, prestativas.
Mas dentro de casa, há:
- Silêncio punitivo
- Rivalidade entre irmãos
- Controle emocional e moral
- Inversão de culpa
A imagem pública é o escudo perfeito para manter o abuso invisível.
5. Resistência profunda à mudança
Essas mães, mesmo com acesso a informação e recursos, resistem à terapia, ao diálogo e à escuta.
Não por ignorância!
O saber virou o último lugar onde se sentem invulneráveis.
Conclusão:
Saber não é sinônimo de consciência emocional.
Quando a profissão vira argumento de poder, o afeto deixa de ser ponte — e vira ferramenta de controle.